Skip to content

Comportamento Semanal – Flexibilização chegando

Com a surpresa positiva de maio, o IPCA fechou com uma alta de 3,94% a.a., ante 4,18% a.a. em abr/23. Observa-se, ainda, uma evolução benigna nas medidas subjacentes para a dinâmica inflacionária. Mesmo com a aceleração que deverá ocorrer no 2º semestre, quando os efeitos da desoneração dos combustíveis na inflação anualizada já estiverem dissipados, o quadro prospectivo é favorável. Contribuindo, ainda, a queda nos preços de atacado que produziu uma deflação em maio de 5,49% a.a. no IGP-DI. O processo de desinflação mais rápido do que o aguardado pelos analistas reduziu na semana o IPCA projetado para 2023 de 5,69% para 5,42% (4 semanas atrás era de 6,03%). Entretanto, a previsão para 2024 reduziu-se em apenas 0,08 p.p. para 4,04%. Com as expectativas bem acima da meta no horizonte relevante para a política monetária, os economistas estimam que a flexibilização só ocorra em setembro. Com queda mais intensa, a inflação implícita na curva das NTN-Bs recuou de 3,83% para 3,64% para o prazo de 1 ano, de 4,68% para 4,34% para o de 2 anos e de 5,02% para 4,71% no de 3 anos. Assim, os prazos mais curtos da curva de juros futuros já embutem alguma chance de que o Banco Central inicie em agosto o ciclo de corte da Selic. O cenário positivo, que vem se constituindo com o encaminhamento da proposta fiscal e a atividade econômica mais forte do que se esperava, foi favorecido também pela perspectiva da manutenção da taxa de juros básica nos EUA e de estímulos governamentais adicionais na China que fizeram o dólar perder força no mercado internacional do câmbio. Assim, o real se apreciou em 1,56% na semana, com a moeda norte-americana encerrando cotada a R$ 4,88, alcançando o menor patamar desde 07/06/22. Para a semana, a atenção estará focada na divulgação dos dados do varejo, do setor de serviços e do índice IBC-Br que deverão sinalizar a temperatura para a atividade no 2T23. Já a agenda internacional estará fundamentalmente concentrada na inflação ao consumidor e na decisão de política monetária nos EUA, principalmente no que tange a possibilidade de novos aumentos na taxa básica de juros.

Boa leitura!

Sim 0
não 0

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *