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Comportamento Semanal – Ajustes nas estruturas a termo

O fator de grande impacto aos ativos financeiros na semana que se passou, foi o rebaixamento da nota de crédito de longo prazo dos EUA da avaliação máxima de ‘AAA’ para ‘AA+’ pela Fitch. A consequência imediata foi a elevação da inclinação da curva de juros soberanos. O retorno das treasuries de 10 anos subiu 0,09 p.p. para 4,05% a.a. e o de 30 anos aumentou 0,18 p.p. para 4,21% a.a.. Os principais mercados de títulos soberanos tiveram comportamento similar. Com uma correlação positiva com a rentabilidade dos títulos, o dólar ganhou força. O Dollar Index subiu 0,39% e o índice das moedas emergentes exibiu uma queda de -1,91%. Com uma divisão nos votos e alguma surpresa, o Copom anunciou um corte de -0,50 p.p. na Selic para 13,25% a.a.. Porém de forma unânime anunciou que, se confirmado o cenário esperado, haverá redução da mesma magnitude nas próximas reuniões. Ressaltou que a extensão e tamanho dos cortes dependerá da evolução dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, das suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos. Com esta decisão, o mercado futuro de juros apresentou queda maior nos prazos mais curtos. Com o recuo semanal de -0,20 p.p. na taxa de juros do swap DI prefixado de 360 dias e a alta de 0,04 p.p. para 4,15% na inflação esperada para os próximos 12 meses, a taxa real de juros ex-ante saiu de 6,93% a.a. para 6,70% a.a., permanecendo bem acima dos 4,5% a.a. considerado como neutro pelo Banco Central. Para a semana que se adentra, é importante o monitoramento das medidas de núcleo e de inflação subjacente do IPCA de julho. Após a produção industrial apontar ligeira alta mensal de 0,09% em junho e indicar estagnação, os números das pesquisas mensais de comércio e serviços e o índice de atividade do BC (IBC-Br) devem mostrar o termômetro para a desaceleração da atividade. Adicionalmente, merecem destaques os índices de inflação ao consumidor e produtor nos EUA e na China e para o índice de confiança do consumidor de Michigan.

Boa leitura!

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