As contrações do varejo (-1,3% no conceito restrito e -1,1% no ampliado), serviços (-0,6%) e indústria (-0,4%) tiveram impacto na retração de -0,27% do IBC-Br em set/21 (-0,14% no 3T21). Aliados à surpresa negativa do IPCA de out/21 com alta de 1,25% (10,67% a.a.), esses números delineiam um quadro de estagflação. Pelo Boletim Focus, a mediana das projeções do PIB para 2022 caiu -0,07 p.p. para 0,93%, enquanto as previsões para o IPCA subiram para 4,79% em 2022, aproximando-se do teto de 5,0%. A reação do mercado ao encaminhamento da PEC dos Precatórios foi positiva na semana, a despeito do seu impacto no regime fiscal. Com isso, o real apreciou-se, os prêmios no mercado futuro de juros se reduziram mesmo com o dólar se apreciando no mercado internacional de câmbio. A taxa real de juros ex-ante recuou -0,25 p.p. para 6,15% a.a.. O prêmio do CDS de 5 anos recuou -2,06 bps. para 236,46 bps. Contudo, se o horizonte relevante para a convergência da inflação à meta for 2022, impõe-se um grande desafio ao atual ritmo de elevação de 1,5 p.p., em um contexto extremamente complicado para a atividade. Aumentaram-se, ainda, às chances de uma antecipação da alta das taxas de juros nos Estados Unidos, com a aceleração do CPI para 6,2%, aumentando em 0,13 p.p. o rendimento dos T-Notes de 10 anos para 1,58% a.a., ajudando fortalecer a moeda norte-americana. Para a semana serão destaques a divulgação do PIB da Zona do Euro e produção industrial e vendas no varejo de EUA e China.