Com um balanço de risco desfavorável para ancoragem das expectativas, o Boletim Focus elevou as estimativas da Meta Selic para o final de 2021 de 5,25% para 5,50% e de 6,00% para 6,13% no término de 2022. A despeito da manutenção do elevado grau de incertezas, a semana foi positiva à redução de prêmios de risco, com o desfecho do Orçamento dentro das regras fiscais. A cotação do CDS de 5 anos caiu -11,16 pts. para 191,9 pts. (+33,8 pts. acima de dez/20). Em função de mudanças feitas pela Secretaria de Comércio Exterior nas estatísticas do Comércio Internacional, o Banco Central revisou de -US$ 6,9 bilhões para – US$ 18,1 bi o déficit em conta corrente acumulado em 12 meses até fev/21. Assim, em março, o montante foi de -US$ 17,8 bi. Apesar dos novos números, a tendência de redução do déficit persiste. A arrecadação federal em março cresceu 7,0% em termos reais para R$ 137,93 bilhões, influenciada pela depreciação cambial que deu impulso ao recolhimento do Imposto de Importação e do Imposto sobre Produtos Industrializados. Contudo a segunda onda de contágio da Covid-19 e a paralisação da atividade em alguns estados pode impactar negativamente os recolhimentos de abril. Na agenda da semana terão destaques as divulgações do IPCA-15, IGP-M, PNAD, CAGED, Notas de Política Fiscal, Resultado do Tesouro e sondagem de confiança FGV.