Como esperado a Meta Selic manteve-se em 2,0% a.a. Apesar de que o regime fiscal não tenha sido alterado e que as expectativas de inflação de longo prazo permaneçam ancoradas, as projeções de inflação de seu cenário básico próximas da meta de inflação para o horizonte relevante fizeram com que o Copom interrompesse o forward guidance, de modo que a decisão da taxa de juros passará a seguir o balanço de riscos da inflação. O questionamento acerca da manutenção do extraordinariamente elevado estímulo monetário, frente à normalização do funcionamento da economia, deverá ter impacto na curva de juros. A taxa de juros do Swap DI prefixado de 1 ano subiu 0,08 p.p. encerrando em 3,48% a.a., enquanto as projeções para Selic no Focus subiram 0,25 p.p. para 2021 (3,50%) e 2022 (5,00%). O dólar encerrou com alta de 3,23% frente ao real, pesando o cenário interno negativo, principalmente com o receio de uma eventual prorrogação do auxílio emergencial. O debate em torno dos estímulos fiscais nos EUA levou o dólar a enfraquecer diante do euro. O retorno das T-Notes de 10 anos recuou – 0,01 p.p. para 1,10% a.a., após atingir 1,12% no dia 21/01. Do lado real, a arrecadação federal caiu em 2020 -6,9% em relação a 2019. Para a semana serão divulgados IPCA-15, IGP-M, dados externos, fiscais e a PNAD.