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Pré-Copom: Junho/2022

Desde a última reunião, a elevada inflação corrente continua a contaminar as expectativas de prazo mais longo. O IPCA acumulado em 12 meses alcançou 11,7% em maio, exibindo um alto grau de disseminação e persistência. O cenário para várias medidas importantes de inflação se mostra ainda bem negativo, como a de serviços, subjacentes e de núcleos, além dos bens industriais. Ademais, houve deterioração adicional das expectativas no boletim Focus com a mediana da inflação pelo IPCA projetada para 2022 elevando-se de 7,9% para 8,9% e a de 2023 de 4,1% para 4,4%. 

Ainda que o balanço de riscos esteja mais assimétrico, há aspectos que alimentam a chance de que se tenha um processo desinflacionário. Entretanto, a despeito da intensidade do aperto monetário e por causa da defasagem dessa política, ainda não se constata um efeito contracionista e, consequentemente, seu impacto sobre a inflação corrente. Continuamos acreditando que o ciclo de ajuste da Selic esteja próximo do seu final, com boa probabilidade de que possa encontrar a sua taxa terminal ainda em junho, com a elevação de 0,50 p.p. para 13,25% a.a.. Contudo, com a assimetria no balanço de riscos, não descartamos ajustes adicionais. Considerando-se o ano de 2023 como horizonte relevante para a política monetária e a defasagem dos efeitos da política monetária, a dose de juros para se alcançar a meta requereria um esforço desproporcional.

Boa leitura!

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