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Comportamento Semanal – Pelo menos 2

Na semana, os dados de inflação sinalizando um lento processo de convergência para meta de 2,00% e a resiliência da atividade econômica nos EUA fortaleceram a hipótese de que ocorram novos aumentos na taxa básica de juros pelo Federal Reserve (Fed) e de que o ciclo do aperto monetário será estendido. Desse modo, o risco de uma recessão não está afastado. Com essa percepção, o Dollar Index registrou uma alta de 0,22% na semana e o retorno das T-Notes de 2 anos aumentou 0,10 p.p. para 4,60% a.a. e o de 10 anos subiu 0,08 p.p. para 3,82% a.a., enquanto as cotações das commodities ficaram pressionadas, com o preço do barril de petróleo tipo Brent recuando -3,92% para US$ 83,00. Posteriormente, ao revelar que houve membros não votantes defendendo um aumento de 0,5 p.p., a ata da reunião de política monetária de fevereiro do Federal Reserve ratificou o entendimento de modo que são esperados pelo menos 2 novos aumentos de 0,25 p.p..

No ambiente doméstico, os indicadores de atividade abrem a possibilidade de que o PIB no 4T22 tenha uma variação negativa. Com uma alta mensal de 0,29% em dezembro, IBC-Br acumulou uma queda de -1,46% no 4T22, uma elevação de 2,9% em 2022 e um carrego estatístico de 0,4% para 2023. Já o Monitor do PIB da FGV, registrou em dezembro um avanço de 0,2%, uma redução de -0,2% no 4T22 e uma elevação de 2,9% em 2022. No Focus, a expectativa de inflação para os próximos 12 meses manteve-se em 5,70%, enquanto as de 2023 e 2024 subiram, respectivamente, em 0,10 p.p. para 5,89% e 0,02 p.p. para 4,02%. As previsões para a Selic de fim de ano mantiveram-se em 12,75% a.a. para 2023, em 10,00% a.a. para 2024 e em 9,00% a.a. para 2025. A volatilidade no mercado de ativos persistiu, ocorrendo uma redução nos prêmios na curva de juros e o recuo de -0,21 p.p. na taxa real de juros ex-ante para 7,07%, nível bem acima da taxa neutra de 4,0%, e a apreciação de 1,0% no real, com o dólar cotado a R$ 5,16. Para a esta semana, os destaques ficam com as divulgações do IPCA-15, as estatísticas do setor externo, a sondagem de confiança da FGV, a confiança e inflação do consumidor na Zona do Euro e para o PCE e PIB nos EUA.

Boa leitura!

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