Em relação à última reunião do Copom, as expectativas inflacionárias de mercado para o ano de 2022 aumentaram de 3,6% para 3,7%, distanciando-se do centro da meta. Além disso várias medidas de inflação importantes para guiar a política monetária se deterioraram. Por outro lado, o ritmo de recuperação da atividade mostrou-se mais intenso do que o projetado. Entretanto no intervalo, com um ambiente fiscal e externo mais favorável, houve uma nova rodada de apreciação do real o que é um ponto positivo para o balanço de riscos da inflação.
Assim, o nosso entendimento é de que remanescem as condições que prescreveram a sinalização de um novo aumento 0,75 p.p. para a meta Selic. Qualquer alteração na trajetória anunciada para a política monetária poderia trazer efeito adverso, com prejuízo à previsibilidade.