Com resultado abaixo do esperado, o IPCA-15 elevou-se em 1,06% em dez/20 (alta de 4,23% no ano). Com isso, o Boletim Focus projeta inflação de 4,39% ao final de 2020, próxima à meta. Para 2021, houve recuo de -0,03 p.p. para 3,34. A estimativa de queda do PIB para 2020 manteve-se em -4,40% para 2020 e a de crescimento em 2021 sofreu revisão de 3,46% para 3,49% no ano. Já a Meta Selic para o final de 2021 cresceu 0,13 p.p. passando de 3,00% para 3,13%. A esperança em torno da vacina e de novos pacotes de estímulos fiscais nos países desenvolvidos, favoreceu a queda dos prêmios de risco, com quedas nas taxas dos vértices intermediários e longos da ETTJ. O CDS de 5 anos recuou -2,88 bps. para 146,07 bps. Com fluxo cambial ainda negativo, o real permanece com o pior desempenho entre os seus pares, encerrando cotado a R$ 5,22 no dia 24/12. Pelo 5º mês consecutivo, houve geração líquida de 414,6 mil postos de trabalho em nov/20 refletindo os programas do governo, que permitiram a suspensão de contratos de trabalho e a redução de salários e de jornada, e a retomada gradual da economia após a fase mais crítica da Covid-19 no 2T20. Contudo, vale lembrar a dissonância destes dados com a pesquisa PNAD e a provável subestimação do número de desligamentos. A arrecadação federal cresceu 11,9% acima de dez/19, por causa da normalização dos pagamentos de impostos que foram postergados. Em 12 meses, entretanto, a queda é de -7,2%. Por fim, em dez/20, os índices de confiança do consumidor, serviços e comércio apurados pela FGV recuaram pelo 3º mês consecutivo.