Mesmo abaixo da esperada, refletindo sobretudo as altas nas tarifas de energia elétrica, combustíveis e passagens aéreas, a inflação pelo IPCA em set/21 alcançou 10,25% a.a.. A evolução do IGP-DI arrefece, como mostrou a deflação de -0,55% em set/21, decorrente das quedas dos preços das commodities. A escalada dos preços ao consumidor, associada ao ciclo de alta de juros, reação lenta do mercado de trabalho e direcionamento de parte do consumo para o setor de serviços, com a maior reabertura econômica, afetou o resultado do varejo que em ago/21 registrou quedas de -3,1% no conceito restrito e de -2,5% no ampliado. Também influenciada pelas altas dos preços dos insumos e perspectivas desfavoráveis para o consumo, a produção industrial apontou queda de -0,7% em ago/21, encontrando-se abaixo do nível pré-pandemia. O desapontamento com os indicadores deve reduzir as estimativas de crescimento no 3T21. A surpresa do IPCA de set/21 e a perda de dinamismo da atividade trouxeram alívio aos prêmios de risco da curva de juros, embora a taxa real de juros ex-ante fechasse com alta de 0,10 p.p. para 4,07% a.a. No cenário externo, com inflação mais persistente nos EUA, o retorno das T-Notes de 10 anos subiu 0,13 p.p. na semana para 1,61% a.a.. O dólar apreciou-se em 2,69% frente ao real, cotado a R$ 5,51. Por fim, a cotação do barril de petróleo tipo Brent subiu 3,92% para US$ 82,39. Para a semana são destaques a divulgação da PMS, IBC-Br e IGP-10, Ata do FomC e produção industrial na Zona do Euro.