Influenciado pela dinâmica dos preços dos alimentos, tarifas de energia elétrica, gás de cozinha e combustíveis, o IPCA-15 subiu 0,89% em agosto (0,72% em jul/21), acelerando a expansão em 12 meses de 8,59% para 9,30%. Antecipando ainda uma possível alteração no valor da bandeira tarifária de energia elétrica, as projeções para o IPCA, segundo o Boletim Focus, saltaram 0,16 p.p. para 7,27% em 2021 e 0,02 p.p. para 3,95% em 2022. Apesar do ajuste da Meta Selic para patamar acima do nível neutro, a taxa real de juros ex-ante recuou -0,07 p.p., terminando em 3,50% a.a.. Já a declaração do Federal Reserve, assumindo como prematuro o aperto da política monetária, sustentou a depreciação do dólar no mercado global, de modo que em relação ao real depreciou 3,27%, cotado a R$ 5,20. Beneficiado pela reabertura da atividade, o mercado de trabalho apontou recuperação em julho com o Caged indicando criação líquida de 316,6 mil novos postos de trabalho formal, com destaque para as contratações nos setores de serviços (127,7 mil) e comércio (74,8 mil). Em julho, a arrecadação federal cresceu em termos reais 23,7 % na margem e 35,5% ante jul/20 para R$ 171,3 bilhões. O saldo de transações correntes registrou déficit de US$ -1,6 bi em jul/21 (US$ -20,3 bi em 12 meses). Por fim, decorrente da elevada inflação e escassez de insumos para produção, as sondagens da FGV demonstraram perda de ímpeto na confiança do consumidor, comércio e indústria de transformação. Para a semana serão destaques a divulgação do PIB do 2T21, produção industrial, Resultado do Tesouro, Política Fiscal, Balança Comercial e PNAD- Contínua.