A semana trouxe sinais favoráveis à atividade econômica. O PIB no 1T21 cresceu 1,2% em relação ao 4T20, um resultado surpreendente dada a deterioração da pandemia. No acumulado em 4 trimestres, o ritmo de queda passou de -4,1% no 4T20 para -3,8%. Mantido o nível de atividade do 1T21, o ano fecharia com um crescimento de 4,9%. No Boletim Focus, a mediana das projeções para o PIB avançou 0,40 p.p. para 4,36%, o número se elevará nas próximas divulgações. Entretanto, o otimismo deve ser moderado. Os números positivos do setor externo foram alavancados pelas exportações do setor agropecuário que seriam ainda melhores não fossem os efeitos das importações das plataformas de petróleo. O consumo das famílias recuou -0,1% ante o crescimento de 3,2% registrado no 4T20. Com a expansão da demanda maior do que a oferta, houve aumento dos estoques. As projeções do IPCA para 2022 subiram de 3,68% para 3,70%, acima da meta de 3,50%. Os riscos para a retomada ficam com os reflexos da evolução da crise sanitária no setor de serviços, um eventual gargalo na matriz enérgica e o impacto do aperto monetário na atividade. No cenário externo, o número do payroll menor do que o esperado levou à redução no retorno das T-Notes de 10 anos, beneficiando os ativos de risco. Para esta semana, são destaques: PMC, PMS, IPCA, IGP-DI, IPC e balança comercial nos EUA.