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Comportamento Semanal – Calibrando o debate

Com o bom encaminhamento de pautas econômicas importantes no Congresso, beneficiando o cumprimento das novas metas fiscais e a precificação dos ativos domésticos, as atenções da semana que se adentra estão voltadas para as principais medidas de inflação no IPCA de junho e os números do setor de comércio e serviços para maio que devem ajudar a calibrar o debate sobre o tamanho do início do ciclo de flexibilização monetária e a própria evolução das expectativas inflacionárias. A projeção da inflação para 2023 reduz-se de forma consistente, já alcançando 4,95%, aproximando-se do teto da meta de 4,75%. Para 2024, horizonte relevante, a expectativa manteve-se em 3,92%. Sem sinais de uma forte desaceleração da economia nos EUA, evidenciando que os esforços para esfriar a atividade não estariam sendo suficientes para trazer a inflação para a meta, o cenário básico é de que o Federal Reserve volte a elevar a taxa básica de juros, com as possíveis 2 altas adicionais de 0,25 p.p.. Assim, os dados relativos da inflação ao consumidor poderão contribuir na avaliação do processo inflacionário, principalmente no que tange às novas altas nos Fed Funds, e consequentemente, à aversão ao risco. Embora o Boletim Focus aponte para uma redução de -0,25 p.p. na meta Selic em agosto, não se deve descartar um movimento maior, que dependerá da evolução de algumas variáveis. A taxa de juro real ex-ante, calculada com base no swap de 360 dias, em 7,08% ainda permanece em patamar restritivo, acima do necessário para garantir o processo de desinflação. Ainda no cenário externo, destaque para a produção industrial na Zona do Euro e para o índice de confiança do consumidor de Michigan.

Boa leitura!

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