Os indicadores que serão divulgados nesta semana serão de importância fundamental para dimensionar a desaceleração da atividade e subsidiar a reunião do Copom. Em meio à relativa estabilização das expectativas do horizonte relevante em torno de 4,0%, as medidas de inflação subjacente e núcleo no IPCA -15 ajudarão a quantificar a velocidade da desinflação. Em abril, o IGP-10 apresentou uma queda de -1,90% a.a.. Da mesma forma, os dados do varejo e serviços de fevereiro ajudarão a entender a evolução da atividade. A temperatura da economia será mais bem apurada com os números relativos à concessão de crédito em março, principalmente se estão compatíveis com o que se espera do aperto da política monetária. No mês, os pedidos de recuperação judicial cresceram em 6,8% na comparação com mar/22, totalizando 94 ocorrências. Já no que tange ao mercado de trabalho que ainda se mostra resiliente, a Pnad Contínua de março poderá ajudar a entender o comportamento das principais variáveis. Mesmo com uma taxa real de juros de 7,17% a.a., não se espera que a Selic caia no curto prazo, de modo que só se sinaliza uma redução de -0,25 p.p. para setembro. No campo fiscal, ruídos no ambiente suscitam ceticismo com a execução e implementação do novo arcabouço fiscal que se reflete nas estimativas do Boletim Focus. Reagindo ao possível desdobramento na taxa de juros básica dos números no Livro Bege e ao sucesso das ferramentas prudenciais para debelar uma eventual crise financeira que garantem graus de liberdade para que o aperto monetário faça a inflação nos EUA convergir à meta de 2,0%. Com os receios de uma eventual recessão, houve uma apreciação do dólar no mercado de câmbio internacional, elevação na rentabilidade dos treasuries e queda nos preços das commodities.
Ainda na semana, destaque também para os dados fiscais e o PIB da Zona do Euro.
Boa leitura!
