Os mercados entenderam que a definição eleitoral nos EUA produziu um ambiente mais favorável a ativos de risco. Para o alívio pesaram, ainda, e a decisão do Federal Reserve em manter os juros básicos entre 0,0% e 0,25% a.a. e as perspectivas positivas para a definição dos estímulos adicionais. Crescendo 2,6% em setembro, a produção industrial superou em 0,2%, o patamar verificado em fev/20, delineando uma perspectiva positiva para a retomada. Com isso, o Boletim Focus revisou a expectativa de retração do PIB neste ano para -4,08%. A divulgação do IPCA de out/20 (0,86%) assinalou as pressões nos preços da alimentação, transportes e vestuário, aumentando as projeções de inflação para 3,20% em 2020. No entanto, o Banco Central encara ainda este movimento como temporário. Os prêmios de riscos na curva de juros cederam fortemente e o dólar encerrou cotado a R$ 5,38 depreciando-se 6,4% na semana. Até outubro, o superávit da Balança Comercial foi de US$ 47,7 bilhões, contudo o fluxo cambial financeiro foi de -US$52,7 bilhões. Em setembro, a caderneta de poupança apresentou uma queda da captação líquida de R$ 13,2 para R$ 7,0 bilhões, contribuindo a redução de R$ 600 para R$ 300 do auxílio emergencial. Para a semana as atenções estarão voltadas para os indicadores de atividade PMC, PMS e IBC- Br que devem corroborar com a recuperação da atividade no 3T20.