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Comportamento Semanal – À espreita

A semana foi marcada pela preocupação com os indicadores de atividade e inflação dos EUA que transmitiram a sensação de que a recessão está à espreita. Influenciado pela alta dos preços dos combustíveis, serviços e pela continuidade do descasamento entre demanda e oferta, o CPI apresentou alta de 9,1% a.a. em junho, o maior valor registrado em mais de 40 anos. Além de reduzir o poder de compra das famílias, a persistência da inflação em patamar elevado exigirá um aperto monetário, o que amplia o risco de uma recessão e aversão ao risco. Com a deterioração, o Dollar Index subiu 0,99% no período, com o euro chegando à paridade com o dólar. O retorno das T-Notes de 10 anos recuou -0,16 p.p. na semana para 2,93% a.a., com a curva de juros mantendo-se em inclinação negativa, reforçando a hipótese de recessão. A cotação do CDS de 5 anos subiu 36,8 bps. para 328,5 bps e o dólar fechou cotado a R$ 5,41, o que representou alta de 2,89%. A mediana para o crescimento do PIB de 2022 avançou em 0,16 p.p. para 1,75%, devendo se aproximar de 2,00% nas próximas edições. A melhor perspectiva está fundamentada no desempenho mais favorável para os indicadores da economia do que o antecipado pelos analistas, entretanto, para 2023 a estimativa está em apenas 0,50%. Em maio, o índice de atividade IBC-Br apontou retração de -0,1% na margem. O resultado negativo ocorreu a despeito dos dados setoriais positivos, como o aumento do varejo restrito em 0,1% (0,2% do ampliado), o impulso do setor de serviços de 0,9%, além da expansão de 0,3% na produção industrial. A despeito dos programas de recomposição de renda do governo, observou-se ainda um aumento do total de endividados apurados pela Serasa Experian, com maior preocupação ao indicador para as famílias. Em maio, o total de consumidores inadimplentes alcançou 66,6 milhões de pessoas, configurando-se novo recorde da série histórica iniciada em 2016, o que representou alta de 0,7% no mês, e de 4,1% no ano. Para a semana que se adentra serão destaques: Reunião do CMN, Monitor do PIB, arrecadação federal, a reunião de política monetária do BCE e inflação ao consumidor na Zona do Euro.

Boa leitura!

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