A sinalização de um possível término do forward guidance pelo BC, alinhada às declarações do governo que não manterá o auxílio emergencial em 2021, produziu o “achatamento” da ETTJ, com a diminuição dos diferenciais entre as taxas de juros dos prazos longos e curtos. Outro fator contributivo foi o exitoso leilão de títulos públicos que resultou na queda nas taxas pactuadas e o alongamento dos vencimentos. O fluxo de capital estrangeiro e o aumento da oferta de swap cambial pelo BC para suprir a demanda para redução do overhedge favoreceram a apreciação do real em 1,34% na semana (R$ 5,06). A aceleração do IPCA para 0,89% em novembro significou novo aumento. Em dezembro, a mudança para bandeira vermelha 2 na tarifa de energia elétrica produzirá nova elevação. Considerando-se a variação anual do acumulado em 12 meses, o IBC-Br saiu de uma retração de -3,3% a.a. para uma queda de -3,8% a.a. em outubro. Ainda que persista a heterogeneidade, as pesquisas para o comércio e serviços mostraram números favoráveis. Nos EUA, o aumento dos pedidos de auxílio desemprego e o impasse para aprovar novos estímulos refletiram numa queda dos retornos das T-Notes de 10 anos. Na zona do euro, houve o anúncio da extensão do pacote do BCE mediante nova revisão baixista do PIB para 2020 e 2021. Por outro lado, o avanço das vacinas ajudou na recuperação dos preços das commodities. Para esta semana, destaques para a votação da LDO e o Relatório da Inflação, com a atualização das projeções inflacionárias para o horizonte de tempo relevante e dos dados do setor externo.