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Comportamento Semanal – Importante, mas não decisiva

Ainda que não decisiva, a semana é importante no que tange ao encaminhamento da PEC dos precatórios, com possíveis efeitos nos questionamentos sobre o regime fiscal, que elevam a cotação do dólar e o risco de desancoragem das expectativas de inflação. Mesmo com a alta de 1,5 p.p. na Selic para 7,75% a.a. e a sinalização de mais aperto monetário, as estimativas de inflação do Focus para 2022 subiram 0,08 p.p. para 4,63%, aproximando-se do teto da banda. O desdobramento da piora das condições financeiras começam a ser traduzidos na redução significativa de -0,20 p.p. da projeção do PIB para 1,00% no ano que vem. No 4º mês consecutivo em queda, a produção industrial em termos dessazonalizados caiu -0,35% em set/21, se deparando com problemas na cadeia de suprimentos e o arrefecimento no consumo, com desemprego e inflação elevados. No cenário externo, os dados positivos de geração de empregos nos EUA (+531 mil novas vagas) e o anúncio de redução do ritmo de compras de ativos ao ritmo de US$ 15 bi mensais, sem definição de prazo para elevação dos juros, impulsionou o apetite ao risco. Em 12 meses, o saldo positivo da balança comercial somou US$ 63,9 bilhões (16,8% a.a. em relação a out/20), com altas de 29,6% nas exportações e de 34,1% nas importações, enquanto o fluxo cambial é superavitário em US$ 11,6 bilhões. Apesar desse movimento, a pressão cambial deve persistir. O percentual de famílias endividadas atingiu 74,6% (+8,1 p.p. ante out/20). Por fim, a caderneta de poupança registrou saída líquida de R$ -7,4 bilhões, maior resgate já registrado para o mês, em meio à elevação dos níveis de endividamento e juros maiores. Para a semana serão destaques a divulgação do IPCA, IGP-DI, PMC e PMS.

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