Além do sinalizado, o Banco Central Europeu (BCE) elevou em 0,50 p.p. as taxas de juros de referência. O aperto monetário sincronizado aos dos principais países intenciona conter as pressões persistentes sobre os índices de preços ao consumidor, que na Europa atingiu a máxima histórica de 8,6% a.a. em junho. Com a maior alta de juros em 11 anos, e o dobro do sinalizado na reunião anterior, o BCE levou as taxas de depósitos para 0% a.a. e as de refinanciamento para 0,75% a.a., o que ajudou a sustentar o valor do euro frente ao dólar. Após dados mais fracos de atividade econômica nos EUA afastou-se a possibilidade de um aumento mais agressivo no ciclo de aperto monetário do Federal Reserve, que deve elevar nesta quarta-feira em 0,75 p.p. os juros, para o intervalo entre 2,25% e 2,50%. Assim, o dólar enfraqueceu, tanto frente às moedas de países desenvolvidos quanto em relação às de países emergentes. O Índice DXY, que mede o desempenho da divisa norte-americana em relação às de países desenvolvidos, recuou -1,23% na semana. O real, por sua vez, não conseguiu capturar o movimento dominante de enfraquecimento do dólar na semana e apresentou depreciação de -1,66% na semana, cotado a R$/US$ 5,50, em parte, devido aos termos de troca seguirem em queda, mas, principalmente, em função da trajetória fiscal bastante incerta no contexto doméstico. Para a semana serão destaques: IPCA-15, IGP-M, Nota do Setor Externo, Resultado Primário do Governo, Nota de Política Fiscal, PNAD Contínua, CAGED, Sondagens de confiança da FGV, reunião de política monetária do FomC, índice de inflação PCE e PIB dos EUA e da Zona do Euro.
Boa leitura!